Para algumas pessoas, talvez para maioria, não seja fácil encontrar coerência. Para mim tornou-se desgastante, honestamente! Se comunicar é quase uma arte. Compreender uma expressão, dependendo do quanto ela esteja impregnada de afeto, se torna ainda mais embaraçoso. Porque nem sempre queremos e podemos ser claros, na medida em que queríamos e precisávamos. A linguagem nos confunde, ou talvez, o que queremos dela. Encontrar uma ponte entre o pensar e o sentir exige sensibilidade (até pelo abismo que existe ai) e quando conseguimos atravessar a ponte, temos que mergulhar num lago muito profundo, o do dizer. Acho que a metáfora é exatamente essa, porque não se pode suportar, palavras que vem das profundezas, a não ser que tenhamos um lugar muito apropriado para elas, mesmo assim tenho lá minhas dúvidas que elas cheguem à boca. Ao mesmo tempo ficar na superfície não nos interessa, ou não nos alivia. Eis a questão! Como encontrar a dose? Talvez a angústia venha do desejo pela exatidão, dela simetria, pela retidão, pelo correto, pela dor do não conforme. Seja bem-vindo a mente de uma obsessiva!
Sinto muito, mas espero não ser a única que não sabe o que dizer, e por vezes, não sabe como ouvir. Com algum esforço consigo perceber o quanto já me enrolei - ouvi o que não foi dito e disse o que não devia ser ouvido.
Nada verdade o que espero é que isso não seja demasiadamente devastador, ou seja, que pela vida afora eu entenda que esse é o barato, afinal, coisa de humanos! Contudo, que tenha leveza, progresso, e que a comunicação seja preponderantemente favorável a mim, que ela funcione!!!
A desenrolar...
Coisa de Humanos sim, excelente colocação, excelente texto!
ResponderExcluirQue tenhamos paciência para desenrolar e que possamos sobreviver sãos até que tudo se desenrole!
Obrigada pelo comentário. Eu também espero que tudo se desenrole e que nossa saúde mental esteja íntegra até lá! rs Pelo menos desabafamos nos blogs. Até mais!
ResponderExcluirÉ Pri... mais uma vez me comoveu com sua postagem. Enquanto lia fui, como q, transportado para um lugar comum de questionamento. Defronte a esta tríade: penso, sinto e digo. PENSO no quanto sou vulnerável, SINTO - ME desconfortável por não conseguir DIZER aquilo q vale a pena ser dito. Mas de uma coisa tenho certeza: estes companheiros não vão me deixar em paz... porque são 'habitantes do meu DENTRO' e, de fato, não espero q vão embora de mim, mas fiquem e me ensinem o q puderem. Ah... se puderem?
ResponderExcluirBeijo Pri e obrigado.