domingo, 26 de junho de 2011

Desenrolar

Para algumas pessoas, talvez para maioria, não seja fácil encontrar coerência. Para mim tornou-se desgastante, honestamente! Se comunicar é quase uma arte. Compreender uma expressão, dependendo do quanto ela esteja impregnada  de afeto, se torna ainda mais embaraçoso. Porque nem sempre queremos e podemos ser claros, na medida em que queríamos e precisávamos. A linguagem nos confunde, ou talvez, o que queremos dela. Encontrar uma ponte entre o pensar e o sentir exige sensibilidade (até pelo abismo que existe ai) e quando conseguimos atravessar a ponte, temos que mergulhar num lago muito profundo, o do dizer. Acho que a metáfora é exatamente essa, porque não se pode suportar, palavras que vem das profundezas, a não ser que tenhamos um lugar muito apropriado para elas, mesmo assim tenho lá minhas dúvidas que elas cheguem à boca. Ao mesmo tempo ficar na superfície não nos interessa, ou não nos alivia. Eis a questão! Como encontrar a  dose? Talvez a angústia venha do desejo pela exatidão, dela simetria, pela retidão, pelo correto, pela dor do não conforme. Seja bem-vindo a mente de uma obsessiva!

Sinto muito, mas espero não ser a única que não sabe o que dizer, e por vezes, não sabe como ouvir. Com algum esforço consigo perceber o quanto já me enrolei - ouvi o que não foi dito e disse o que não devia ser ouvido. 

Nada verdade o que espero é que isso não seja demasiadamente devastador, ou seja, que pela vida afora eu entenda que esse é o barato, afinal, coisa de humanos! Contudo, que tenha leveza, progresso,  e que a comunicação seja preponderantemente favorável  a mim, que ela funcione!!!

A desenrolar...

3 comentários:

  1. Coisa de Humanos sim, excelente colocação, excelente texto!
    Que tenhamos paciência para desenrolar e que possamos sobreviver sãos até que tudo se desenrole!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pelo comentário. Eu também espero que tudo se desenrole e que nossa saúde mental esteja íntegra até lá! rs Pelo menos desabafamos nos blogs. Até mais!

    ResponderExcluir
  3. É Pri... mais uma vez me comoveu com sua postagem. Enquanto lia fui, como q, transportado para um lugar comum de questionamento. Defronte a esta tríade: penso, sinto e digo. PENSO no quanto sou vulnerável, SINTO - ME desconfortável por não conseguir DIZER aquilo q vale a pena ser dito. Mas de uma coisa tenho certeza: estes companheiros não vão me deixar em paz... porque são 'habitantes do meu DENTRO' e, de fato, não espero q vão embora de mim, mas fiquem e me ensinem o q puderem. Ah... se puderem?
    Beijo Pri e obrigado.

    ResponderExcluir