quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sem citação, sem referência, falando por mim!

Sobe e desce.
Agudo e grave.
Fino e grosso.
Esquerda e direita.
Para que lado devo ir?
Alegre ou triste.
Frio ou quente.
São e insano.
Qual é a sua loucura?
Sozinho ou acompanhado.
Introvertido ou extrovertido.
Motivado ou desmotivado.
Do que você gosta na vida?
Doce ou salgado.
Preto ou branco.
Livro ou filme.
Jazz ou samba.
Com quais atributos você qualifica suas escolhas?
Hetero ou homo.
Bonito ou feio.
Simpático ou antipático.
Sinônimos ou antônimos.

Na racionalidade da linguagem, assim como na irracionalidade do sujeito, os opostos caminham lado a lado. Paradoxalmente na impossibilidade da possibilidade do ser. Para alguns, preferências imutáveis, para outros, flexibilidade insistente, e outros ainda, rigidez radical. Não obstante, os significados pedem referência, por mais que se tente operar conceito, quem o faz, reduz. Quem interpreta é o sujeito, que responde felizmente a uma louvável indefinição dos significados. Embora permeados de significantes, o que seria isso mesmo? Se não uma reconstrução da linguagem em análise, para construção de um ser? 

(Que Freud e Lacan me perdoem se bobagens foram ditas! Amém)

2 comentários:

  1. Excelente sua fala por você, a redundância das palavras assim como nas atitudes tb entram na análise da linguagem como na dos sujeitos
    hahahaha
    coisa fofa, escreveu super bem como sempre, com esses paradoxos tao presentes diariamente, sempre acrescentando...mt bom! Parabens!

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  2. Amiga! Você que é uma fofa! Obrigada pela visita... seus comentários são sempre bem-vindos e também acrescentam muito!

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