quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sempre há tempo

Obnubilação constante.
Rara cosciência dada.
Repetidamente aflita, deu-se  ao cansaço.
Perplexa com emaranhados.
Alento ausente.
Aconchego distante, viu-se só.
Era hora disso ou daquilo.
Não importa, talvez.

Conselhos errantes.
Crenças desvirtuosas.
Certezas em falso, outra vez.
Recompõe-se como? Não sei.
Incomoda-se por dentro e por fora.

Foi pro rio, foi pro mar.
Começou a rir e a cantar.
Dissipou a bravura.
Escreveu linhas tortas com inflexível tônus muscular.
Falou do que não entendia, assumiu que sofria.
Chorou por amar.
Represálias recebidas.
Contar não podia a quem queria declarar.

Sempre há tempo.
No instante não se compreende.
Na vida vai sobrar.
Desejo não atendido, destino cedido, uma flor a murchar.
Sempre há tempo.
Na vida vai faltar.
Esperanças a fio, amor correspondido, ar puro para respirar.











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