quarta-feira, 13 de março de 2013

Sem formato mínimo

Somos seres reduzidos.
Reduzidos ao que se quer definir. 
Enquadrados e classificados.
Naturalmente!
Sou tantas coisas para eleger um só de mim. 
Mas quando falam de mim, precisam dizer se sou o tudo ou o nada. 
Mundo, te faço um pedido, deixe-me não ser de categoria alguma?
Só quero não ter respostas,  só não saber o que falar sem ter problemas com isso,  só não saber de tudo, quero só não saber o que eu deveria saber. 
Será que dá? 
Você sabe de mim? Te dou razão por preguiça. Diga o que quiser. 
Aceito de bom grado o teu rótulo, porque para me desquantificar já é tarde.
Ou será que já estou devidamente qualificada para preencher os requisitos desse bando?
Aliás, faço isso com você também! Inevitavelmente! Só que me dói um pouquinho. 
Haverá um dia que tua individualidade será contemplada. 
Sua produção não terá estilo, área, linha ou vertente. 
Haverá um dia que não iremos misturar tudo para dar liga.
Sua integridade não estará submetida às leis do meio. 
Em que não se verá no espelho o reflexo de um discurso da sociedade ou dos seus pares.
Conhece-te a ti mesmo, sem formato mínimo! 

 

 


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