sexta-feira, 8 de maio de 2015

Alma romântica

Sempre haverá quem deprecie uma ideia romanceada, sempre haverá quem não tem essa leitura da vida. Faz mal não. 
Vive-se bem assim também.
Só sinto muito que eu não me permita ter a tua frieza, porque gosto da minha vida aquecida, encalourada, ardente. 
Gosto de admirar, de falar que quero bem, gosto de abraçar apertado e suspirando.
Gosto de apoio concreto, de demonstração de afeto, de modo mais besta e casual.
Não me envaideço por isso, talvez se eu não tivesse essa necessidade, redescobria outro tom.
Mas por hoje, quero não. Quero continuar na aposta.
Na vida com espaço para dizer que tem saudade, sem mediocridade e métrica.
Quero essa vida de devaneios afetados de amor, de graça, de melancolia, de poesia, de desejo.
Quero mais é escutar as músicas e as pessoas que aprecio, sentindo um trem bom no peito.
Quero mais é pensar num bem e querer estar perto.
Na minha vida cabe chorar de vez em quando por querer ser melhor a cada dia.
Na minha estrada vou com uma mala cheia e uma vazia.
E na minha alma romântica há mesmo muita vontade de coisas bonitas porque não me satisfaz o que está na ordem do dia.

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