sexta-feira, 8 de maio de 2015

Reprise


De todas as coisas que cansam, aquilo que repete cansa mais.
De um conjunto vasto de desprazeres da vida, o que repetidamente não dá certo, toma o primeiro lugar.
E o que se vê? 
Sujeitos exaustos, grupos enfadonhos e uma sociedade paralisada.
Pais esgotados, filhos sedentos e contatos escassos.
Vamos protestar!
Eu lanço a campanha contra às minhas desilusões.
Não votem no fracasso, mas saibam, ele se candidata toda vez.
No bololo das errâncias de todos os sujeitos, o que se busca é o atravessamento. Como é que dá fim ao sofrimento?
Se deparar com um feito novo revestido de velharia, dá uma preguiça danada.
É preciso muito além de desejo para sair do lugar.
Se faz necessário muito mais que frenesi, tititi e coisa e tal.
A implicação é extraordinariamente pessoal e difícil.
Pense em você ou pense no mundo.
Coisas se repetem, com um novo jeitinho, mas você sabe que tem algo antigo lá.
É Blasé, contudo, a revolução começa e se faz quando conflitos internos são colocados a trabalho. Um a um. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário