sexta-feira, 8 de maio de 2015

Boas ilusões


Em alguma fase da vida você descobre que se iludir é bom.
Em alguma circunstância da vida você preferia ter sido enganado.
Em algum momento da vida você deixa de se importar com verdades absolutas e obsoletas. 
Em algum triste fato da vida você não consegue deixar de mentir.
Em alguma crise da vida você se convence que acreditar em qualquer coisa é melhor do que descrer de tudo.
Por melhor que seja seu otimismo, ele não deixa de ser ilusão e por pior que seja seu pessimismo, ele não deixa de ser ingratidão.
A frágil crença e a firme fé são dois lados daquela moeda em que se opta duvidar e ao mesmo tempo se deixar enganar.
Tem gente que vai se perguntar, como isso pode ser bom?
Por ora, eu não sei explicar.
Contudo, as pessoas mais felizes que conheço não vivem com "pé atrás", as mais inteligentes não testaram todas as teorias que defendem. Os sujeitos mais interessantes que conheço parecem não ocupar suas mentes com enciclopédias ambulantes mas sim com boas ilusões.

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